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Afinal, o que comer?

Diariamente recebo em meu consultório pessoas preocupadas com sua saúde, qualidade de vida e estética. Sempre interessadas em maneiras de como alcançar o peso desejado, diminuir as medidas ou entrar naquele jeans guardado a algum tempo. O que todas essas pessoas tem em comum? O questionamento: O que eu tenho que comer para alcançar meu objetivo?

Até pessoas que não visitaram o consultório, más ao me conhecer descobrem que sou nutricionista me fazem este questionamento: O que eu como para emagrecer?
Costumo responder, em tom de brincadeira, que para emagrecer deve-se ficar sem comer, afinal, alimento tem caloria e caloria engorda, não é mesmo? Rsrs

Más, falando sério, não existe O QUE comer. Não tem alimento que favorece o emagrecimento e alimento que ajuda a engordar. O que precisa ser observado é o hábito, a rotina alimentar e de vida. São elas que contribuíram para que você chegasse a este estado que lhe desagrada.

E no caminho da mudança, nada de radicalizar. Porque ao invés de deixar de comer o pão, você não o troca por sua versão integral? Ou ao invés de extirpar os carboidratos a noite como se fosse um pecado mortal, você não aumenta a proporção de fontes proteicas e diminui a porção de carboidratos, como em uma salda de legumes com frango grelhado?

O proibido é proibir. A proibição gera descontentamento, monotonia e torna muito mais difícil, a difícil tarefa de mudar de hábitos, afinal, deixar de fazer algo que provavelmente você repetiu de forma cotidiana por toda a sua vida, é quase como deixar de ser quem você é!

Tudo é uma questão de ponto de vista. Vivemos em uma época onde somos bombardeados por informações, no entanto, muitos conceitos errôneos são pregados como verdades absolutas, algo inexistente quando falamos de alimentação.
O mais importante é o autoconhecimento, perceber os sinais que seu corpo te dá após um prato de massa, por exemplo. Ou você realmente acha que TODAS as pessoas do planeta apresentam problemas com o glúten?

Respeitar-se também é uma questão importantíssima. Aceite-se como você é. Não gaste tempo tentando ter as pernas da musa do instagram, a barriga da blogueira e o bumbum da capa da revista. Cada pessoa é única, com hábitos, metabolismo, genética, tempo, estrutura física e diversas outras variáveis únicas. Você só pode se comparar a você mesmo!
Que tal traçar metas reais e procurar melhorar aquilo que te incomoda agora, ao invés de tentar alcançar o tal corpo ideal?

Busque um nutricionista e um profissional de educação física para te orientar quanto a suas escolhas alimentares e o melhor tipo de atividade física para você e seu objetivo. A musa da rede social faz isso, e por isso tem os resultados invejáveis, ao invés de seguir dicas de outras famosas como você costuma fazer.